O PARADOXO CARNAVALESCO
Essa visão do brasileiro vai se formando pelos dados das instituições de pesquisa como IBGE e IPEA, onde, em seus pareceres, lemos frases como, “[...] estimou-se que a cada ano no Brasil [...] 527 mil tentativas ou casos de estupros consumados, dos quais 10% são reportados à polícia [...]”. Sim é para se ficar horrorizado, pela quantidade de um crime tão absurdo e nojento. Mas o que mais reflete a nossa sociedade é o percentual de casos levados à polícia, 10%.
52.700 brasileiros vão à delegacia anualmente em busca de justiça pela barbárie sofrida. Desse número 88,5% são mulheres. Sim mulheres, como sua mãe, irmã, avó, namorada, esposa, amiga. São mulheres que trazem consigo uma família, uma vida. Das 46.639 mulheres que foram a delegacia denunciar o abuso mais da metade tinha até 13 anos de idade, eram de cor preta ou parda e 46% não tinha completado o ensino fundamenta. E esses números podem ser ainda maiores, presumo que há aí um fato para indignar-se.
Perguntei-me enquanto lia tais dados, o porquê de ser tão cotidiano um ato tão assombroso. E a resposta era apenas uma, vivemos em uma sociedade machista. Mas como assim uma sociedade machista? Eis que me deparei com algo ainda mais perturbador, em outra pesquisa, perguntou-se se a vítima era a causadora de tais atos por vestir saia ou andar com roupas curtas e 56% dos entrevistados disseram que sim, se as vítimas de estupro tivessem saído de casa com uma burca, talvez não teriam sofrido o abuso.
52.700 brasileiros vão à delegacia anualmente em busca de justiça pela barbárie sofrida. Desse número 88,5% são mulheres. Sim mulheres, como sua mãe, irmã, avó, namorada, esposa, amiga. São mulheres que trazem consigo uma família, uma vida. Das 46.639 mulheres que foram a delegacia denunciar o abuso mais da metade tinha até 13 anos de idade, eram de cor preta ou parda e 46% não tinha completado o ensino fundamenta. E esses números podem ser ainda maiores, presumo que há aí um fato para indignar-se.
Perguntei-me enquanto lia tais dados, o porquê de ser tão cotidiano um ato tão assombroso. E a resposta era apenas uma, vivemos em uma sociedade machista. Mas como assim uma sociedade machista? Eis que me deparei com algo ainda mais perturbador, em outra pesquisa, perguntou-se se a vítima era a causadora de tais atos por vestir saia ou andar com roupas curtas e 56% dos entrevistados disseram que sim, se as vítimas de estupro tivessem saído de casa com uma burca, talvez não teriam sofrido o abuso.
Em um país onde a figura mais conhecida internacionalmente é a sambista, seminua dançando no carnaval, ter-se-ia, à primeira vista, uma sociedade que respeita-se a figura feminina e sua liberdade, mas na contradição existente vê-se que a mulata está ali dançando, como um objeto existindo apenas para satisfazer seu futuro algoz, que está sentado em alguma poltrona pronto para aumentar as estatísticas.
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